Servidores federais ambientais em greve em 24 estados e DF

Por Redação
4 Min

Servidores federais do meio ambiente de 20 estados e do Distrito Federal (DF) deram início, nesta segunda-feira (1º), a um movimento de greve geral, conforme informou a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional). Eles se uniram aos servidores dos estados do Acre, do Pará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, que haviam suspendido as atividades desde o dia 24 de junho.

Os servidores do estado do Ceará, que haviam inicialmente se posicionado contra a greve, decidiram aderir, nesta segunda-feira, ao movimento paredista. A situação de Sergipe não foi informada pela Ascema Nacional. Já o estado de Pernambuco optou por não aderir.

Desde a primeira quinzena de junho, os servidores já haviam indicado a possibilidade de greve, quando o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) finalizou as negociações salariais, que estavam em andamento com os servidores ambientais desde o final de 2023. Na época, a pasta afirmou que “o governo atingiu o limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” aos servidores. A proposta em negociação, segundo o MGI, inclui reajustes de 19% a 30% para a categoria.

Os trabalhadores buscam valorização salarial e reestruturação de carreira, com a redução das discrepâncias nos vencimentos das carreiras de nível médio e superior.

“Atualmente, os servidores ambientais enfrentam um grande desestímulo devido à discrepância entre as responsabilidades exercidas e a remuneração recebida. Enquanto desempenham funções de regulação, auditoria, gestão de políticas públicas, licenciamento e fiscalização, não são devidamente compensados por essas atividades, resultando em uma grande insatisfação interna”, ressaltou a Ascema Nacional.

A comparação salarial com outras carreiras do serviço público, como agentes da Polícia Federal e fiscais agropecuários, evidencia essa disparidade, questionando o reconhecimento e a valorização dos profissionais ambientais. Vale lembrar que os servidores almejam equiparação com o que é oferecido pela Agência Nacional de Águas (ANA). Atualmente, o salário final de um analista ambiental é de cerca de R$ 15 mil, enquanto o cargo final da ANA de especialista em regulação chega a R$ 22,9 mil”, completou.

De acordo com a Ascema, estão em greve servidores de autarquias como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Serviço Florestal Brasileiro e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Questionado pela Agência Brasil, o MGI afirmou estar aguardando uma resposta dos servidores. “Sobre as negociações com as entidades representativas dos servidores do meio ambiente, o MGI informou à categoria que aguarda resposta formal à última proposta feita pelo Governo na Mesa de Negociação, que prevê reajustes de 19% a 30% para a categoria. O Ministério da Gestão segue aberto ao diálogo com os servidores do Meio Ambiente e de todas as demais áreas da Administração Pública Federal.”

Com informações da Agência Brasil.

Compartilhe Isso