A Terra Indígena Aldeia Velha, homologada pelo governo Lula (PT) em abril deste ano, está enfrentando conflitos entre famílias pataxós, com ameaças, suspeitas de desmatamento e possível venda de imóveis e lotes para não-silvícolas. O território de dois mil hectares, em área de Mata Atlântica, está localizado em Porto Seguro, no Extremo Sul baiano, e abriga cerca de 1.500 indígenas. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo.
A Prefeitura do município constatou o decréscimo de áreas verdes no território nos últimos três anos. Lotes de terras estão sendo anunciados para venda em grupos de WhatsApp e Facebook.
Líderes indígenas afirmaram que o cenário é de tensão, com ameaças vindas do grupo que deseja lotear os terrenos. As denúncias foram encaminhadas ao Ministério dos Povos Indígenas, que acionou o Ibama e a Polícia Federal. Em nota, a Funai informou que está ciente dos conflitos internos na aldeia e que está atuando em busca de conciliação na comunidade.
De acordo com relatos, as ameaças e suspeitas de desmatamento têm gerado preocupação entre os habitantes da Terra Indígena Aldeia Velha. A venda de imóveis e lotes para não-indígenas tem sido motivo de discordância e tensão, levando a conflitos dentro da comunidade.
O decréscimo das áreas verdes no território, como constatado pela Prefeitura, levanta questões sobre a preservação ambiental e a proteção do patrimônio natural da região. A divulgação dos lotes de terras para venda em redes sociais tem gerado ainda mais preocupação e intensificado os conflitos existentes.
Os líderes indígenas, ao relatarem as ameaças recebidas, demonstram a gravidade da situação e a urgência de medidas para garantir a segurança e a integridade da Terra Indígena Aldeia Velha. O envolvimento do Ministério dos Povos Indígenas, Ibama e Polícia Federal evidencia a necessidade de ações coordenadas para resolver os conflitos e proteger os direitos dos povos indígenas.