A estratégia para a sucessão do prefeito Sargento Francisco foi discutida na segunda-feira, 30, em reunião com todos os secretários, subsecretários e alguns detentores de cargos de confiança na Prefeitura.
Por ter a certeza da imagem desgastada e a rejeição ser próxima a 85% pela má administração no “governo da mudança”, o objetivo é não atrelá-lo a campanha da pré-candidata Marivalda Silva, do PT, para evitar ser considerado como governo de “continuísmo”. O pré-candidato a vice é Antônio Gilson, o Bobó, que apoiou Maria Maria e Francisco e foi secretário na atual gestão de Juventude e Esportes, pastas somente criadas para atender acordos políticos e que nada produziram.
As inúmeras promessas não cumpridas e obras inacabadas são os pontos mais críticos da atual administração, aliado ao fato de fechar a emergência e urgência do Posto Luiz Viana, o estádio David Caldeira, o caos nos postos de saúde sem médicos, metade das escolas sem reforma, ruas e avenidas em estado lastimável, duplicação do viaduto da Nova Brasília, que agora tem a promessa de terminar depois de quase três anos, o abandono da construção das Casas do Sarandi, da creche da Nova Brasília e as melhorias na Rua Wanderley de Araújo Pinho e da Urbis II, onde o então candidato prometeu reformas por uma razão especial: lá morou a mãe dele e, por isso, tinha um sentimento especial. Além disso, vários fantasmas na folha da Prefeitura denunciados pela imprensa foram demitidos na atual gestão.
Apesar de tentar não participar abertamente da campanha, vai ser difícil explicar a não vinculação. Marivalda foi líder do governo de Francisco na Câmara durante os 3 anos e 4 meses até abril passado.
Nos discursos na Câmara, sempre disse que era preciso esperar e ter paciência porque o Prefeito iria cumprir as promessas, apesar da crise financeira de Candeias. Ela somente não consegue explicar porque em 4 anos, a receita da cidade cresceu de R$ 167 milhões em 2012 para R$ 276 milhões em 2015, ou seja, 66% contra uma inflação inferior a 30%.