O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro. Martins foi preso em 8 de fevereiro, suspeito de participação em tentativa de golpe de Estado.
A defesa do ex-assessor divulgou a informação. A Procuradoria-Geral da União (PGR) pediu a soltura, destacando a inexistência de motivos para a manutenção da prisão.
Martins foi preso durante a operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa no alto escalão do governo Bolsonaro, que estaria se preparando para um golpe, visando manter o ex-presidente no poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Bolsonaro está sob investigação.
A prisão de Martins foi solicitada pela Polícia Federal (PF), que indicou uma possível viagem do ex-assessor aos Estados Unidos com Bolsonaro em dezembro de 2022, sugerindo uma tentativa planejada de fugir das investigações. De acordo com os investigadores, ele teria permanecido fora do país por meses.
No entanto, ao requerer a soltura de Martins, a PGR afirmou que os investigadores não conseguiram comprovar sua saída do país. Pelo contrário, o órgão apontou que as evidências, até o momento, “parecem indicar, com razoável segurança, a permanência do investigado no território nacional durante o período questionado”.
Em um relatório, a PF levantou a suspeita de que Martins poderia ter sido o autor intelectual de um esboço de decreto para um golpe de Estado, o qual teria sido apresentado diretamente a Bolsonaro. A defesa de Martins nega qualquer envolvimento dele em um suposto esquema de golpe.
Com informações da Agência Brasil.