A Polícia Federal entregou ao Supremo Tribunal Federal, nesta sexta-feira (09), um relatório do caso Marielle Franco. No texto, a PF aponta que membros da cúpula da Polícia Civil agiam em conjunto para atrapalhar as investigações.
Segundo o relatório, registros de câmeras de segurança que poderiam ajudar na descoberta dos assassinos foram ‘descartados’ de forma proposital. O documento também reforça que os delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lage, e o comissário Marco Antonio de Barros Pinto atuaram para que os assassinos não fossem descobertos.
Ainda de acordo com o relatório, Giniton sabia desde o começo das investigações que Ronnie Lessa tinha possível participação no crime, que aconteceu em março de 2018, mas a polícia não avançou na captação de imagens que poderiam ajudar a confirmar as suspeitas.
A entrega do relatório do caso Marielle Franco pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal, na última sexta-feira (09), revelou informações preocupantes sobre a conduta de membros da cúpula da Polícia Civil. Segundo o documento, os delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lage, juntamente com o comissário Marco Antonio de Barros Pinto, foram identificados como responsáveis por ações que prejudicaram as investigações.
O relatório apontou que as imagens de câmeras de segurança que poderiam auxiliar na identificação dos assassinos foram deliberadamente descartadas, prejudicando o avanço das investigações. Além disso, foi ressaltado que Giniton estava ciente, desde o início, da possível participação de Ronnie Lessa no crime que vitimou Marielle Franco em março de 2018, porém, não foram tomadas medidas efetivas para coletar evidências que corroborassem essa suspeita.
As revelações do relatório evidenciam a falta de comprometimento e transparência por parte de alguns membros da Polícia Civil, que agiram de forma a dificultar a resolução do caso. A população, que há muito tempo aguarda por respostas e justiça, vê com indignação a interferência de agentes da lei no andamento das investigações.
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Diante dessas informações, é imprescindível que as autoridades competentes tomem as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades dos envolvidos e garantir que a busca pela verdade e pela justiça em relação ao caso Marielle Franco não seja mais obstruída. A sociedade clama por transparência, ética e comprometimento por parte das instituições responsáveis pela segurança pública e pela aplicação da lei.