O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Adolfo Menezes, afirmou, nesta segunda-feira (12.08), em Salvador, que a morte do economista Delfim Netto representa o fim de uma época em que o pensamento conservador tinha referências no Brasil.
“O ex-ministro e ex-deputado federal era um formulador de conceitos econômicos e políticos que conquistou o respeito de setores da direita liberal e até da esquerda, mesmo daqueles que discordavam de suas ideias”, declarou Adolfo.
Segundo o chefe do Legislativo estadual, Delfim Netto fez parte de uma era, a pós-ditadura, na qual o debate de ideias não se limitava a uma polarização vazia baseada apenas nas redes sociais e nas fake news. “É inegável que ele serviu ao regime autoritário que durou 21 anos, mas é evidente também que, no período democrático que se seguiu, foi uma voz sempre presente nas grandes questões nacionais, atuando como conselheiro de FHC, Lula e Dilma”, ressaltou Adolfo Menezes.
Delfim Netto faleceu na madrugada desta segunda-feira, aos 96 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), em decorrência de complicações em seu quadro de saúde. Ele ocupou o cargo de ministro da Fazenda entre os anos de 1967 e 1974, foi ministro do Planejamento de 1979 a 1985, ministro da Agricultura em 1979, embaixador do Brasil na França de 1975 a 1977 e deputado federal por São Paulo em cinco mandatos.