PF prende ex-diretor da Petrobras, Renato Duque no Rio de Janeiro

Por Redação
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A Polícia Federal prendeu Renato Duque, o ex-diretor de serviços da Petrobras, que estava foragido, na manhã deste sábado em Volta Redonda, na região Sul do Rio de Janeiro. Ele, condenado a 39 anos de prisão, chegou a ser procurado em Curitiba.

Renato, de 69 anos, foi encontrado em casa no bairro Niterói, após o cruzamento de informações de inteligência do Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro (NUCAP/SO/DREX).

O mandado de prisão dele foi expedido pela Justiça Federal de Curitiba em 18 de julho. Desde então, ele não tinha sido encontrado. Segundo informações do Blog da Julia Duailibi, a condenação foi pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.

Após os procedimentos legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça, conforme informou a PF.

Em março de 2020, Duque colocou tornozeleira eletrônica e deixou a prisão no Paraná rumo ao Rio de Janeiro. Ele ficou preso por cinco anos após investigações e condenações da Lava Jato.

A primeira pena contra Duque aconteceu em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato. Ele foi condenado por associação criminosa, recebendo uma pena de 20 anos e 8 meses. À época, ele estava preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Em menos de um ano, ele foi mais uma vez condenado, desta vez por corrupção passiva e lavagem de dinheiro: 20 anos de prisão, três meses e 10 dias, inicialmente, em regime fechado. A decisão aconteceu durante a 14ª fase da Lava Jato.

O então juiz Sergio Moro afirmou, na ocasião, que houve pagamento de propina a funcionários da petrolífera, com destinação de recursos para financiamento político.

Veja abaixo as outras condenações de Renato Duque na Lava Jato:

setembro de 2015: 20 anos e 8 meses por corrupção e lavagem de dinheiro;
março de 2016: 20 anos, 3 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro;
maio de 2016: 10 anos por corrupção;
março de 2017: 6 anos e 8 meses por corrupção;
junho de 2017: 5 anos e 4 meses por corrupção;
agosto de 2017: 10 anos por corrupção;
maio de 2018: 2 anos e 8 meses por corrupção;
novembro de 2018: 3 anos e 4 meses por corrupção;
fevereiro de 2020: 6 anos, 6 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro;
julho de 2020: 3 anos e 11 meses por corrupção;
fevereiro de 2021: 3 anos, 7 meses e 22 dias por lavagem de dinheiro;
abril de 2021: 3 anos, 6 meses e 23 dias por lavagem de dinheiro.

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