O candidato à reeleição para a prefeitura de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), confrontou o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), um de seus principais adversários na corrida eleitoral paulistana.
Em uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, dia 9, o emedebista associou o nome do concorrente ao crime organizado, especialmente à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), devido à suposta ligação entre dirigentes de seu partido e o grupo criminoso.
O presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, teria sido flagrado em conversas com um suposto membro do PCC. Segundo uma reportagem e áudio publicados pelo jornal Folha de S.Paulo, Avalanche afirma que teria participado da soltura do traficante André do Rap, um dos líderes do PCC, que deixou a prisão em 2020 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu não vou permitir, e vocês, como jornalistas, precisam ter essa responsabilidade, que esse cara [Marçal] chegue à prefeitura. Ele pode ter ocupado esta cadeira [do Roda Viva], mas a cadeira da prefeitura, para ele levar essa turma do crime para lá, não”, afirmou Nunes.
O prefeito afirmou, ainda, que Pablo Marçal estaria “envolvido até o nariz com o PCC”. “Eu não vou permitir que essa turma dessa gangue do PCC assuma a prefeitura de São Paulo”, declarou.
A acusação de Ricardo Nunes gerou repercussão imediata entre os eleitores e adversários políticos. Enquanto alguns apoiadores do prefeito concordaram com sua postura combativa, outros criticaram a abordagem agressiva em relação a Pablo Marçal.
Apesar da controvérsia, a declaração de Nunes trouxe à tona questionamentos sobre a integridade e transparência dos candidatos à prefeitura de São Paulo. Em um cenário político cada vez mais polarizado, as acusações de conexões com o crime organizado têm o potencial de influenciar significativamente a percepção do eleitorado.
Por sua vez, Pablo Marçal negou veementemente qualquer envolvimento com o PCC e classificou as acusações de Nunes como uma tentativa desesperada de desqualificar sua candidatura. O empresário afirmou que está focado em apresentar propostas concretas para melhorar a qualidade de vida dos paulistanos e combater os problemas estruturais da cidade.
A polêmica gerada pela entrevista no Roda Viva evidenciou a acirrada disputa eleitoral em São Paulo e a importância do debate público sobre a ética e a idoneidade dos candidatos. A população paulistana aguarda ansiosamente os próximos desdobramentos dessa controvérsia e como ela impactará o resultado das eleições municipais.