O senador Otto Alencar (PSD) afirmou nesta quinta-feira (12), em entrevista ao portal de notícias Toda Bahia, que é contrário ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A posição é compartilhada pelo senador Jaques Wagner (PT), conforme informado pela assessoria do petista ao site. Já o outro representante baiano no Senado Federal, Ângelo Coronel, ainda não definiu sua posição.
Cerca de 150 deputados da oposição assinaram o pedido de impeachment e o entregaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que decidirá se dará seguimento ao pedido. A alegação é de abuso de poder após o bloqueio da rede social X e os pedidos de produção de relatórios de investigados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cabe ao Senado julgar esse tipo de questão.
“Não há um fato concreto justificando esse impeachment. O ministro Alexandre de Moraes tem sido um herói na defesa de nossa democracia, combatendo essa tentativa de golpe que ocorreu no país, essa ação coordenada contra o regime democrático. O ex-presidente (Jair Bolsonaro, do PL) sonhou com isso, com o golpe, assim como o ex-presidente dos EUA (Donald Trump). Mas isso não prevaleceu”, afirmou Otto.
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Em relação à rede social X, Otto defendeu a decisão de Moraes contra o proprietário da plataforma, o empresário Elon Musk. “Trata-se de uma rede social que não estava respeitando a democracia brasileira, não acatando as determinações judiciais. Nenhum bilionário pode agredir a soberania brasileira e achar que não será punido. Essa plataforma está buscando destruir a vida das pessoas ao permitir a disseminação de informações falsas e enganosas. Eu mesmo, durante a CPI da Covid do Senado, fui vítima de fake news, sendo chamado de médico charlatão”, ressaltou.
A posição de Otto Alencar e Jaques Wagner em defesa do ministro do STF Alexandre de Moraes reflete a polarização política no país em relação às decisões judiciais e a defesa da democracia. Enquanto isso, a incerteza sobre a posição de Ângelo Coronel demonstra a necessidade de debate e discussão dentro do Senado para a análise desse pedido de impeachment. A decisão final caberá ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que terá a responsabilidade de conduzir esse processo com imparcialidade e respeito às instituições democráticas.