O Partido Liberal (PL), detentor do maior fundo eleitoral no país, destinou uma quantia maior de recursos para a campanha do candidato do partido em Itabuna, Chico França, do que o PSD enviou para a campanha do atual prefeito do município, Augusto Castro, que está tentando a reeleição. As informações foram disponibilizadas no site Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No total, a sigla bolsonarista, comandada na Bahia por João Roma, garantiu, por meio da direção nacional, um montante de R$850 mil para o candidato em Itabuna. Já o PSD, liderado no Estado pelo senador Otto Alencar, assegurou R$760 mil para Augusto Castro, que busca se tornar o primeiro prefeito a se reeleger no maior reduto eleitoral do sul baiano.
Os outros concorrentes na disputa receberam doações menores dos partidos. Apoiado por caciques como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), o deputado estadual Pancadinha, por exemplo, foi contemplado até o momento com R$391,2 mil do União Brasil e R$80 mil do próprio partido, o Solidariedade.
O limite de gastos para os candidatos em Itabuna é de pouco mais de R$850,6 mil. Chico França já ultrapassou essa marca, uma vez que também recebeu uma doação de R$1 mil dele próprio, como pessoa física. Augusto Castro contabiliza R$800 mil em contribuições, incluindo a destinada pelo PSD, e uma de R$40 mil do ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, o mesmo do extinto Banco Econômico, condenado por fraude no sistema financeiro nacional.
O principal gasto até o momento é com a propaganda eleitoral de TV e rádio. Chico França informou despesas de R$745 mil com esse objetivo. Augusto Castro, por sua vez, declarou R$200 mil em despesas com o mesmo fim.