A vitória da candidata à prefeitura de Lauro de Freitas, Débora Régis (União Brasil), não apenas representou uma derrota para seu adversário, Antônio Rosalvo (PT), mas também para a atual prefeita da cidade, Moema Gramacho (PT), que não conseguiu eleger seu sucessor ao final de seu segundo mandato consecutivo.
Débora, que é vereadora, disputou pela primeira vez uma eleição majoritária e enfrentou um processo de cassação de mandato, além de uma campanha marcada por violência, antes de sair vitoriosa no dia 6 de outubro. Em entrevista ao Correio, ela afirmou ter sido vítima de “terrorismo político” e mencionou ameaças recebidas via WhatsApp.
“Recebemos ameaças por mensagens de WhatsApp. Foi assustador. Foi um terrorismo político intenso, que afetou muito nosso emocional. Temos família e conduzi uma campanha propositiva, sem ataques. Em vários momentos, fiquei apreensiva. Mas sempre pedi a Deus proteção e agradeço por Ele ter me blindado”, relatou.
A prefeita eleita também enfrentou dificuldades para acessar comunidades controladas por facções criminosas. “Em Portão, de fato, fiquei 45 dias sem conseguir entrar. Mas felizmente, a população de Portão respondeu de forma positiva. Foi um resultado muito bom. Preparei um plano de governo e propostas específicas para Portão”, afirmou.
Débora Régis também abordou as fake news disseminadas durante a campanha eleitoral. “Por exemplo, disseminaram que venderíamos Lauro de Freitas para Salvador. Uma afirmação absurda que algumas pessoas acabaram acreditando. Por isso, fomos até o local, gravamos vídeos para desmentir as fake news. Também afirmavam que eu cortaria o Bolsa Família”, disse.
Quanto ao início de seu governo, Débora destacou que o primeiro passo será “arrumar a casa”. “Nos primeiros 100 dias, vamos garantir serviços básicos à população. Vamos assegurar que os postos de saúde tenham medicamentos e médicos. Além disso, planejamos recapear diversas ruas. A meta é recapear 50% das ruas nos primeiros 100 dias. Nosso foco será organizar a casa”, concluiu.