O prefeito interino publicou no Diário Oficial a homologação da licitação para pavimentação de ruas do distrito de Passagem dos Teixeira (não especifica quais ruas). A obra custará R$ 655.166,91 e será tocada pela empreiteira MMR Construções Ltda, sediada em Salvador. O anuncio dessa obra causou muita discussão nas redes sociais onde muitos acusaram o prefeito Bom Jorge de estar usando da mesma técnica de seu antecessor o prefeito afastado Sargento Francisco, maquiar a cidade e realizar pequenas obras para continuar no poder e ser aceito pelo povo.
Os moradores de Passagem dos Teixeira esperam ansiosamente pela mesma há décadas mais só agora as vésperas das eleições resolveram fazer. O prefeito afastado também publicou – há três meses – homologação de licitação para pavimentação de ruas do distrito de Menino Jesus no valor de quase R$ 900 mil.
Faltando pouco mais de quatro meses para o fim do mandato dos atuais prefeitos e alguns dias para as eleições municipais, algumas cidades da região ressurgem da noite para dia com obras sendo iniciadas por todos os lados. Estas ações, conhecidas como obras eleitoreiras têm como finalidade bem clara: apostar na falta de memória do povo, criar empregos de última hora, proporcionar uma falsa sensação de desenvolvimento na geração de emprego e renda etc.
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Em recente entrevista concedida a imprensa nacional, o professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antonio Teixeira, avaliou que a prática de concentrar inaugurações de obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão pública. Uma pesquisa divulgada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) com base em dados de 1995 a 2011, revela que o investimento público de prefeituras, governos estaduais e federal, sempre aumenta em ano de eleição.
Votar conscientemente é muito importante, sem nunca aceitar presentinhos interesseiros para digitar o número do candidato na urna eletrônica e depois apertar o “confirma”. Voto não tem preço. Tem consequência. E a principal consequência é sempre a mesma: quatro anos de atraso, de falta de perspectivas sócio-econômicas, e podem significar ainda, duros dias para a saúde pública, educação, meio ambiente, cultura e o social.
Com informações do PSol Candeias e Marco Aurélio