O ato de fechamento da urgência e emergência do tradicional Posto Luiz Viana, no bairro da Pitanga, quase centro da cidade, ainda é tema de discussão em qualquer reunião que se fale sobre saúde e a situação dos serviços públicos em Candeias.
Aberto na época da emancipação político-administrativa de Candeias, o posto que fica próximo aos maiores bairros da cidade, como Malembá e Sarandi, ele passou a ser no primeiro semestre de 2014, por determinação do prefeito afastado, Sargento Francisco, para fazer economia, apenas uma clínica de marcação de consultas e pequenos procedimentos, contrariando a oposição e aqueles que precisam de uma urgência ou emergência em local próximo ao centro de Candeias. Hoje, isso é feito no Hospital Ouro Negro que atravessa séria crise de gestão desde há muito tempo, ou na UPA – Unidade de Pronto Atendimento –, que distam 4,5 km do antigo local.
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Na madrugada, por exemplo, o custo de um táxi fica em torno de R$ 30,00 a R$ 50,00, o que é impossível para pessoas de baixa renda de bairros como Santa Clara, Malembá de Baixo, Urbis I e outros de Candeias, além da distância.
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Além disso, quando das discussões acaloradas na Câmara Municipal o secretário de Saúde, Eduardo Andrade, dizia por orientação do prefeito afastado que no posto seria implantada uma sala de “estabilização” para atendimento de 2 pessoas com equipe médica (médico, enfermeira, técnico de enfermagem) e material adequado para primeiros socorros. Nunca aconteceu.
E ontem na Câmara, o assunto voltou à tona. Depois de alguns pronunciamentos, o presidente da casa, Gil Soares (que ficou escondido num buquê de flores sobre a mesa da presidência), vereador da base e eleito no palanque do sargento Francisco, quis justificar a “luta” que travou para evitar o fechamento do posto.
Acusou outros de estarem se aproveitando do momento (eleição municipal) para fazer “política de mentiras”, pois todos os vereadores foram contra o fechamento. Ele somente não se lembrou de fato semelhante no governo Maria Maia.
Também houve a tentativa de fechamento do posto e dos então 10 vereadores, mesmo os da base, 9 assinaram um documento em nome da Casa e da população que foi entregue a prefeita e esta reviu a tentativa e manteve o funcionamento da emergência e urgência 24h do Luiz Viana.
Na atual legislatura, a oposição tentou convencer a “base favorável” a refazer o documento, mas não houve acordo por pressão do prefeito afastado, já que dos 17 vereadores, 15 apoiavam Francisco.
A Câmara nesses 3 anos, 6 meses e 18 dias da segunda gestão do “afastado prefeito” por suposto enriquecimento ilícito e danos ao patrimônio público, foi “apenas uma secretaria legislativa”. Aprovou, cumpriu e obedeceu a praticamente todos os caprichos do “alcaide”.
Informações de TudoNews