O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, destacou, nesta segunda-feira (2), que Jair Bolsonaro é “o plano A, B e C” do partido para as eleições presidenciais de 2026. O dirigente, inclusive, falou a respeito da mais recente pesquisa do Instituto Paraná que põe o ex-mandatário à frente do atual presidente, Lula (PT), mesmo após a divulgação de inquéritos da Polícia Federal que citam uma suposta tentativa de golpe de Estado.
“O episódio do inquérito mostra à população Bolsonaro perseguido”, afirmou João Roma, em entrevista à Rádio BandNews FM. Roma complementou: “nunca vi tanto inquérito com Alexandre de Moraes; só não tem ritos nem liturgia judicial, mas inquérito tem demais”. O presidente estadual do PL diz que a perseguição não refletiu no apoio a Bolsonaro: “a pesquisa da Paraná coloca Bolsonaro à frente de Lula, mesmo tendo ido a campo depois que eclodiu toda essa movimentação, que Alexandre de Moraes mandou prender mais pessoas, que houve todas essas divulgações aí sobre esses episódios”, avaliou o ex-ministro.
João Roma também crê que Bolsonaro seja candidato a presidente em 2026, apesar da condição atual de inelegibilidade. “São muitos elementos que fazem todos os partidários dele acreditarem na aptidão para a eleição daqui a dois anos. Fica difícil explicar porque um presidente que fez reunião com embaixadores não pode disputar uma eleição, se Dilma foi impeachmada e pode disputar uma eleição, Lula foi condenado e ser eleito”, comparou Roma. Ele salientou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “também engrossa as fileiras para ter Jair Bolsonaro candidato a presidente do Brasil”.
Roma garantiu que não partiu de Bolsonaro nenhum plano golpista. “O que se viu naquele momento foram pessoas com ânimos acirrados, mas tenho total confiança que não partiu do presidente Bolsonaro nenhuma manifestação nesse sentido. Eu vi o presidente repreendendo comentários aleatórios que surgiam, de pessoas nas ruas de que não iria admitir isso ou aquilo sobre golpe”, comentou Roma.
João Roma reiterou que é pré-candidato a governador da Bahia em 2026. “Durante esse ano de 2025, farei uma série de eventos e visitas pela Bahia para levantar nossas bandeiras. Precisaremos ter muitas interlocuções nessa Bahia, pois o que ocorrerá aqui no estado será um reflexo do que ocorre no Brasil. E aqui o caminho do PL é reforçar a eleição do presidente Bolsonaro”, salientou.
O dirigente partidário pontuou que buscará construir unidade na oposição ao PT no estado. “Eu sempre busco convergir as forças: fiz isso nas eleições municipais aqui na Bahia. Nesse aspecto, buscamos até sacrificar candidaturas que iríamos colocar”, disse ele, ao citar cidades como Feira de Santana, Salvador, Vitória da Conquista e Ilhéus. “São movimentos convergentes buscando sentido antagônico ao do PT. Não serei um dificultador, mas um construtor para que a gente possa sim criar um novo horizonte para a Bahia”, declarou João Roma
O presidente estadual do PL disse que há um clima favorável à mudança na Bahia. “Há um grupo massivo de pessoas que se incomodam com o aumento de impostos, com a derrocada da nossa economia, com os programas sociais cada vez mais sendo atacados por aqueles que dizem que os defendem”, apontou.
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