Com a internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a cirurgia às pressas realizada ontem (10), quatro ministros serão responsáveis por tocar as negociações para destravar emendas parlamentares e dar seguimento ao pacote fiscal: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Jorge Messias (AGU). As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, membros do governo afirmaram que a cirurgia de emergência de Lula e seu afastamento de Brasília não afetam o andamento das propostas prioritárias do Executivo.
Assessores do Palácio afirmaram que Lula fez o que poderia ao comprometer-se com o pagamento das emendas e solicitar esforços para a votação do pacote, em reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ocorreu na segunda-feira.
Foi nessa reunião que Lula saiu com queixas de dor de cabeça e mal-estar para realizar o exame, que revelou a hemorragia cerebral. O presidente teve que passar por um procedimento de emergência em São Paulo.
Entre os quatro ministros responsáveis pelas tratativas, o que se destaca é Rui Costa, conforme a Folha de S. Paulo. O chefe da Casa Civil já participa de reuniões de articulação política com líderes e faz a ligação, do ponto de vista técnico, com os demais ministérios envolvidos no corte de gastos.