Lula chegou a dizer que a petista irá ‘se expor a Judas’ no Senado
O julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment está marcado para ter início nesta quinta-feira (25) no plenário do Senado Federal, e deve se estender até a próxima semana. Dos 81 senadores que vão participar da votação, nove foram ministros do governo da petista.
Mesmo que, em algum momento do governo, eles tenham atuado como auxiliares de Dilma na Esplanada dos Ministérios, nem todos votarão contra o impeachment, segundo informa o G1.
A tendência é que cinco ex-ministros se posicionem favoráveis a destituição da petista: Eduardo Braga (ex-ministro de Minas e Energia), Edilson Lobão (comandou Minas e Energia), Garibaldi Alves (ex-ministro da Previdência), Marta Suplicy (chefiou a Cultura) e Fernando Bezerra (ex-chefe da Integração Nacional). Já Gleisi Hoffmann (ex-chefe da Casa Civil), Kátia Abreu (comandou a Agricultura) e Armando Monteiro (ex-titular do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) vão votar contra, enquanto Eduardo Lopes (ex-ministro da Pesca), segundo a assessoria, segue indeciso.
Na última semana, uma declaração do ex-presidente Lula sobre o julgamento final de Dilma gerou repercussão no noticiário. Em entrevista à BBC Brasil, o petista declarou que sua afilhada política irá “se expor a Judas” no Senado, já que no dia 29 de agosto está previsto ocorrer o interrogatório de Dilma.
Na sessão, ela apresentará sua defesa no processo de impeachment e responderá a eventuais perguntas elaboradas pela defesa, pela acusação e por senadores.
Na chamada sessão de pronúncia, ocorrida em 10 de agosto, os senadores tornaram Dilma ré no processo, com 59 parlamentares votando contra ela. Para o julgamento final, dizem interlocutores do governo, o Palácio do Planalto tem procurado senadores para alcançar entre 62 e 63 votos contrários a Dilma.