Após impeachment, Dilma declara guerra do PT a Temer: ” Nós voltaremos”

Por Redação
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Após sofrer o impeachment, Dilma Rousseff falou pela primeira vez na tarde desta quarta-feira, 31, como ex-presidente da República. A petista que estava vestida de vermelho, fez seu discurso cercada por seus aliados do Senado – Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Em sua fala, Dilma classificou o governo do presidente Michel Temer como “um bando de corruptos”,  e afirmou que seguirá lutando na Justiça contra o impeachment e ainda acrescentou: “Nós voltaremos”. ““Nós voltaremos para continuar nossas jornada rumo ao Brasil em que o povo é soberano. Saibamos nos unir em defesa de causas comuns a todos os progressistas. Proponho que lutemos todos juntos contra o retrocesso, a extinção de direitos”, falou.

“Com a aprovação do meu afastamento definitivo, políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da Justiça tomarão o poder unidos aos derrotados nas últimas quatro eleições. Não ascendem ao governo pelo voto direto, como eu e Lula fizemos em 2002, 2006, 2010 e 2014. Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado”, afirmou. “O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”. disse.

Além de culpar os adversários, a ex-presidente voltou a dizer que seu afastamento definitivo da presidência é um ” golpe contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções”.

Dilma disse ainda, que o impeachment representa o segundo golpe de Estado sofrido em sua vida – fazendo referência ao golpe militar de 1964, e prometeu recorrer em todas as instâncias possíveis e voltar para continuar sua jornada. A ex-presidente disse também, que os parlamentares que votaram a favor da cassação de seu mandato rasgaram a Constituição e o impeachment entrará para a história das grandes injustiças.

Nesta quarta-feira, Dilma Rousseff sofreu o impeachment por 61 votos a 20, no entanto, não foi penalizada com a inabilitação para exercício de funções públicas porque não houve o mínimo de 54 votos para que essa sanção fosse imposta.

 

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