A certidão de óbito de Rubens Paiva, ex-deputado torturado e morto durante a ditadura militar no Brasil, foi retificada e agora reconhece que a morte do Rubens Paiva foi violenta e causada pelo estado brasileiro.
A alteração no documento ocorreu após uma resolução do Conselho Nacional de Justiça passar a exigir que o estado brasileiro reconheça e retifique os registros de mortos e desaparecidos durante a ditadura. A mudança deve ser realizada pelos próprios cartórios.
A certidão entregue à família de Rubens Paiva agora afirma que a morte foi causada devido a “causa não natural; de forma violenta; pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instalado em 1964”.
No dia 20 de janeiro de 1971, o ex-parlamentar foi levado de sua casa, no Rio de Janeiro, por agentes da ditadura militar brasileira e nunca mais foi visto. O atestado de óbito de Rubens Paiva só foi entregue à família em 1996, 25 anos após o desaparecimento, sem mencionar a causa da morte.
A trajetória da família Paiva é o tema do filme Ainda Estou Aqui, que recentemente recebeu três indicações ao Oscar 2025.
Com informações da Agência Brasil.