O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já iniciou suas movimentações para a eleição ao Senado em 2026, realizando um mapeamento de possíveis candidatos e consolidando alianças estratégicas em diversas regiões do Brasil. De acordo com informações obtidas junto a aliados, o principal objetivo de Bolsonaro é ampliar sua influência na Casa Alta, apostando na eleição de nomes de sua confiança e fortalecendo parcerias com partidos de centro e centro-direita.
A estratégia do ex-presidente consiste em eleger entre 25 e 29 senadores, repetindo a tática que utilizou em 2022, quando apoiou candidatos fora do PL em estados onde o partido não possui uma representação significativa. Na Bahia, por exemplo, estão em andamento conversas para uma possível aliança com ACM Neto. Em Alagoas, as articulações podem envolver o deputado Arthur Lira (PP), que já foi presidente da Câmara dos Deputados.
Nomes começam a surgir em diversas localidades. Em São Paulo, salvo mudanças de última hora, o PL deverá lançar o deputado Eduardo Bolsonaro e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite. No Distrito Federal, Bolsonaro acredita que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pode alcançar uma votação expressiva. A segunda vaga na disputa deve ser ocupada pela deputada Bia Kicis (PL); no entanto, caso ela decida buscar a reeleição na Câmara, o ex-desembargador Sebastião Coelho aparece como uma alternativa viável.
As articulações políticas de Bolsonaro estão sendo feitas com cautela, visando não apenas garantir a eleição dos candidatos de sua confiança, mas também estabelecer um forte bloco de apoio no Senado. Muitos analistas políticos acreditam que, ao fortalecer sua base, Bolsonaro poderá influenciar de maneira significativa o cenário político nacional, especialmente considerando a polarização que caracteriza o atual ambiente político brasileiro.
Além disso, a movimentação do ex-presidente é uma resposta às mudanças no cenário político, onde os partidos tradicionais enfrentam desafios em manter suas bases eleitorais. A estratégia de Bolsonaro é se apresentar como uma alternativa viável, unindo forças com aliados que compartilham de uma visão política semelhante, o que pode resultar em uma nova configuração de poder no Senado federal.
Os próximos meses serão cruciais para o ex-presidente, que precisará consolidar essas alianças e definir as candidaturas com o objetivo de garantir um apoio sólido em 2026. Com isso, Bolsonaro não apenas busca retomar a relevância política, mas também estabelecer um legado que perdure além de sua presidência.