Lula tem queda de 16 pontos na popularidade no Nordeste, diz Datafolha

Por Redação
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O Nordeste, tradicionalmente um bastião do PT, testemunhou uma expressiva queda de 16 pontos na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa diminuição fez com que os índices de aprovação descessem de 49% para 33%, de acordo com a pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta sexta-feira, dia 14.

Os dados da pesquisa revelaram que Lula enfrenta a pior avaliação positiva de todos os seus mandatos até o momento, com apenas 24% de aprovação geral, enquanto a reprovação atinge 41%. Esses números indicam um cenário desafiador para o presidente, que contava com uma base de apoio considerável na região nordestina.

Apesar da queda acentuada, o Nordeste continua a ser a única região do Brasil onde a aprovação do presidente ainda supera, ainda que levemente, a reprovação. Os números mostram que 30% dos entrevistados desaprovam o governo, o que, considerando a margem de erro de quatro pontos percentuais, coloca os índices em um empate técnico.

A diminuição na popularidade de Lula foi mais moderada em outras regiões. No Sudeste, o presidente viu uma queda de 11 pontos; no Centro-Oeste, foram nove pontos; e no Sul, a redução foi de cinco pontos. Juntas, as regiões Nordeste e Sudeste representam 69% dos entrevistados, o que torna os dados ainda mais significativos para a análise do cenário político atual.

No segundo turno das eleições de 2022, Lula conquistou uma vitória expressiva sobre Jair Bolsonaro (PL) no Nordeste, com uma diferença de 29,67% dos votos válidos. No estado do Piauí, que foi o palco de sua maior votação proporcional, Lula obteve 76,86% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro ficou com 23,14%.

A pesquisa foi conduzida com 2.007 eleitores em 113 municípios entre os dias 10 e 11 de setembro. A margem de erro geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o que deve ser considerado na interpretação dos dados. A situação atual da aprovação do governo Lula evidencia a necessidade de reflexão sobre a relação entre o presidente e sua base de apoio mais fiel, que tem enfrentado desafios significativos nos últimos meses. Com informações do Estadão.

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