Alckmin se encontra com senador americano próximo a Trump

Por Redação
3 Min

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, recebeu nesta sexta-feira (14) no Palácio do Planalto a visita do senador americano Steve Daines. Membro do Partido Republicano e eleito pelo estado de Montana, Daines é um aliado próximo do ex-presidente Donald Trump.

Em declaração breve a jornalistas após o encontro, Alckmin destacou a importância do diálogo: “Tivemos um encontro muito proveitoso. Este ano, celebramos 200 anos de parceria e amizade entre Brasil e Estados Unidos, e vamos comemorar fortalecendo ainda mais esses laços.”

O vice-presidente mencionou também que o senador trouxe um abraço do ex-presidente Trump, do vice-presidente JD Vance e do secretário de Estado Marco Rubio. “Esta é nossa primeira visita ao Brasil. Que maneira maravilhosa aproveitar esse tempo com o vice-presidente [Alckmin]. Temos muitos valores em comum e compartilhamos crenças sobre liberdade e autodeterminação,” afirmou Daines, que estava acompanhado de sua esposa.

A visita do senador norte-americano ocorre em um contexto de intensificação das disputas comerciais entre os Estados Unidos e diversos países, incluindo o Brasil. Na última segunda-feira (10), o presidente dos EUA, que tomou posse recentemente, anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Essa medida pode impactar significativamente a indústria brasileira, uma vez que o Brasil é um dos principais fornecedores dessas matérias-primas para o mercado americano. A nova tarifa deverá entrar em vigor em março próximo.

Mais cedo, durante uma entrevista à Rádio Clube do Pará, em Belém, onde cumpriu uma série de compromissos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a posição do Brasil em aplicar o princípio da reciprocidade. Ele deixou claro que se o presidente Trump cumprir a promessa de aumentar as tarifas de importação, o Brasil também poderá adotar medidas semelhantes, abrangendo não apenas os setores de aço e alumínio, mas também o de etanol, por exemplo. Essa postura demonstra a intenção do governo brasileiro de proteger seus interesses econômicos em um cenário de incertezas comerciais.

Essas interações entre autoridades brasileiras e americanas refletem a busca por um diálogo construtivo, mesmo em meio a tensões comerciais. A amizade histórica entre Brasil e Estados Unidos pode servir como um alicerce para encontrar soluções que beneficiem ambos os países, em um momento em que os desafios econômicos globais exigem cooperação e entendimento mútuo.

Compartilhe Isso