O governador Jerônimo Rodrigues (PT) decidiu manter o deputado Rosemberg Pinto (PT) à frente da liderança da bancada do Executivo na Assembleia Legislativa. O parlamentar ocupa esse cargo desde o início do atual governo e recebeu reconhecimento por seu “sacrifício” ao abrir mão da primeira vice-presidência da Casa, com o objetivo de preservar a unidade da base aliada.
Rosemberg havia sido indicado pelo PT como candidato à primeira vice-presidência. Se tivesse sido eleito, ele assumiria a liderança interina da Assembleia, em virtude da decisão tomada na última terça-feira (10) pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afastou o presidente da Casa, deputado Adolfo Menezes (PSD). Contudo, o deputado optou por não concorrer ao cargo, justificando sua decisão como uma forma de evitar um possível rompimento na base governista.
A tensão surgiu quando o deputado Angelo Coronel Filho (PSD) ameaçou concorrer contra Rosemberg, uma pressão incentivada por seu pai, o senador Angelo Coronel (PSD). A ameaça de uma chapa concorrente foi acompanhada pela exigência de que houvesse uma mudança no Regimento Interno da Assembleia. Essa alteração garantiria que o primeiro vice-presidente fosse obrigado a convocar novas eleições caso a presidência ficasse vaga por razões judiciais ou outros motivos.
Apesar de ter recebido a indicação e o apoio do PT, Rosemberg não aceitou a proposta de alteração no regimento. Além disso, foi desencorajado a continuar sua reivindicação pela vice-presidência quando Jerônimo manifestou publicamente que, mesmo com a eventual saída de Adolfo, a presidência da Assembleia deveria permanecer sob a responsabilidade do PSD. Essa posição reafirmou a intenção de manter a estabilidade dentro da base aliada, evitando divisões que poderiam enfraquecer o governo.
Na sequência, o líder do governo, Rosemberg, vetou a candidatura de Angelo Filho e propôs que a deputada Ivana Bastos (PSD) assumisse como substituta imediata de Adolfo Menezes. Essa decisão foi aceita e concretizada, representando um movimento estratégico para manter a coesão entre os partidos da base aliada e garantir a continuidade das ações do governo na Assembleia.