O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) apresentou dois requerimentos à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério do Meio Ambiente, solicitando a investigação sobre a legalidade do consumo de ovos de ema e jabutis por parte do presidente Lula (PT). A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Esse pedido de investigação surge após uma declaração de Lula, na semana passada, em que ele afirmou que consome ovos de ema e expressou o desejo de experimentar os ovos de jabuti, afirmando que “tudo que é ovo é igual”. Durante a sua fala, o presidente disse: “Estou comendo agora ovo de ema, que equivale a 12 ovos de galinha. Fui pesquisar se eu podia comer e eu posso comer, porque tenho 70 emas lá no Palácio da Alvorada”.
A declaração do presidente ocorre em um contexto de alta nos preços dos ovos de galinha, que atualmente têm uma média de R$ 30 por uma placa contendo 30 unidades nos supermercados. Essa disparada nos preços tem gerado preocupação entre os consumidores e levanta questões sobre a possível utilização de alternativas alimentares, como os ovos de ema, que são menos comuns no mercado.
Nos documentos protocolados, o deputado Evair Vieira de Melo solicita a apuração de eventuais falhas nos mecanismos de controle e fiscalização associados à criação de emas e jabutis no Palácio da Alvorada. Ele pede que sejam verificados possíveis descumprimentos das normativas legais relacionadas ao consumo desses animais e seus produtos. O deputado enfatiza a necessidade de uma investigação rigorosa para garantir que as práticas realizadas pelo chefe do Executivo estejam em conformidade com a legislação vigente.
Esse episódio levanta preocupações sobre a segurança alimentar e a ética na utilização de fauna brasileira, especialmente em um momento em que as pressões sobre os recursos naturais e a vida selvagem são cada vez mais evidentes. A declaração de Lula e o subsequente requerimento do deputado Evair ilustram como as políticas públicas e o comportamento dos líderes políticos estão interligados com as questões ambientais e sociais que afetam a população.
Por fim, cabe destacar que a investigação proposta não apenas avaliará a legalidade do consumo de ovos de ema e jabutis, mas também poderá trazer à tona discussões sobre a necessidade de regulamentações mais rigorosas para a proteção da fauna e da flora nacional, assegurando a preservação das espécies e o respeito ao meio ambiente.