Em uma reunião com seus aliados, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abordou a situação do inquérito relacionado ao golpe, atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações foram divulgadas pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Durante o encontro, ocorrido na quarta-feira, Bolsonaro fez uma fala breve, na qual negou veementemente as acusações que pesa sobre ele. O ex-presidente mencionou, ainda, a possibilidade de deixar o Brasil, afirmando que, se houvesse cometido algum erro, já teria buscado asilo em países como Argentina ou Estados Unidos.
Apesar de levantar essa hipótese, Bolsonaro assegurou que não planeja fugir do país e que continuará defendendo sua inocência no STF. Ele argumentou que sempre atuou dentro da legalidade, mesmo que suas ações tenham desagradado alguns de seus aliados.
Durante a reunião, o ex-presidente fez algumas solicitações aos presentes. Uma de suas principais demandas foi que as manifestações programadas para o dia 16 de março no Rio de Janeiro recebessem a maior parte da atenção e do apoio dos seus seguidores, enquanto as atividades em outras cidades fossem consideradas em segundo plano.
Além disso, Bolsonaro pediu que o slogan “Fora, Lula” fosse deixado de lado nas manifestações, sugerindo que os discursos em Copacabana se concentrassem no projeto de anistia para os envolvidos nos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Essa orientação visa manter o foco nas pautas que ele considera mais relevantes neste momento.
A reunião, que contou com a presença de diversos aliados, refletiu a preocupação de Bolsonaro em manter sua base unida e engajada, especialmente em um momento tão delicado para sua imagem política. O ex-presidente, que já foi o líder do Brasil, busca agora estratégias para enfrentar a crise que o inquérito representa, além de tentar mobilizar seus apoiadores para as próximas manifestações.
Com um panorama político conturbado e adversários atentos, Jair Bolsonaro demonstra que continua a se posicionar de forma firme, querendo garantir que sua mensagem e suas demandas sejam claramente ouvidas. A expectativa agora gira em torno do impacto que as manifestações terão e como elas poderão influenciar a sua defesa diante das investigações em curso.