O atual presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Éden Valadares, anunciou nesta sexta-feira (7) que não buscará a reeleição para o cargo. Em uma nota divulgada à imprensa, Éden revelou que sua decisão foi motivada tanto por questões pessoais quanto políticas.
No comunicado, o dirigente destacou que sua eleição representou uma importante renovação dentro do partido e que esse processo deve continuar, permitindo o surgimento de novas lideranças. Ele enfatizou que a política não deve ser guiada pelo apego a cargos, mas sim pela percepção de que existem ciclos que precisam ser respeitados.
“Minha decisão é pessoal, fruto de muitas conversas em casa com minha família, mas também é uma decisão política. Fui eleito para um mandato de quatro anos e, por uma determinação do Diretório Nacional, meu mandato foi estendido para seis anos. Concorrer a um novo mandato poderia significar ficar por dez anos à frente do PT, e isso considero excessivo”, declarou Éden Valadares.
Recentemente, o PT aprovou uma alteração em seu estatuto que permite a reeleição de parlamentares e dirigentes partidários que já tenham exercido três mandatos consecutivos na mesma Casa Legislativa ou instância do partido. Essa mudança gerou polêmica entre os membros da sigla e foi duramente criticada por Éden.
“A resolução do Diretório Nacional deve ser respeitada. Entendo os argumentos apresentados e reconheço a validade da decisão, mas no mérito sou contrário. Os artigos do estatuto foram aprovados em congresso com o intuito de assegurar o processo de renovação no PT. Nesse contexto, a decisão recente representa um retrocesso na busca pela renovação”, afirmou Éden Valadares.
Com sua saída do cenário eleitoral, Éden abre espaço para que novas vozes e lideranças possam emergir dentro do partido, refletindo um compromisso com a mudança e a adaptação às novas demandas da sociedade. Ele acredita que, ao promover a alternância de lideranças, o PT se fortalece e se torna mais representativo dos anseios populares.
A decisão de Éden Valadares pode ser vista como um passo importante para o futuro do PT na Bahia, que busca se revitalizar e se preparar para os desafios políticos que virão. A transição de poder e a promoção de novas lideranças são essenciais para garantir a sustentabilidade e a relevância do partido no cenário político atual.