A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta um quadro desanimador, com 41% dos brasileiros considerando sua administração ruim ou péssima, segundo uma pesquisa recente realizada pelo instituto Ipsos-Ipec e divulgada na quinta-feira (13). Em contrapartida, apenas 27% dos entrevistados avaliam sua atuação como boa ou ótima, enquanto 30% a consideram regular. Somente 1% dos participantes não souberam ou preferiram não opinar sobre o desempenho do mandatário.
Esse resultado revela um crescimento significativo na avaliação negativa do governo, que aumentou sete pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, marcado por uma percepção mais favorável. Pela primeira vez desde o início deste mandato, a avaliação negativa superou a positiva, sinalizando uma mudança preocupante na opinião pública.
Além disso, a pesquisa revela que 55% da população brasileira desaprova a forma como Lula conduz a administração do país e que 58% afirmam não confiar em seu governo. Esses números indicam um descontentamento crescente entre os cidadãos, refletindo a insatisfação com as políticas e decisões adotadas pela atual administração.
No levantamento anterior realizado pelo Ipec, em dezembro, apenas 34% dos entrevistados consideravam a atuação do presidente ruim ou péssima. Na mesma pesquisa, 30% a avaliavam como regular e 34% a consideravam ótima ou boa. Naquela ocasião, 2% dos participantes não souberam ou preferiram não opinar. O contraste entre os dados revela uma queda significativa na popularidade do presidente em um curto espaço de tempo.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 7 e 11 de outubro em 131 municípios, abrangendo um total de 2.000 entrevistas. O nível de confiança do estudo é de 95%, e a margem de erro é de dois pontos percentuais, o que confere credibilidade aos dados apresentados.
Os resultados desta pesquisa refletem um momento de tensão política e social no Brasil, onde a insatisfação com as ações do governo se torna mais evidente. A administração de Lula enfrenta desafios significativos, e será fundamental para o presidente reverter essa situação e reconquistar a confiança do eleitorado. O impacto de tais avaliações na continuidade de suas políticas e na governabilidade do país poderá ser substancial, exigindo uma resposta rápida e eficaz por parte do governo.