Protesto com Bolsonaro no Rio pede anistia a condenados por ataques golpistas

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No último domingo (16), um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizou uma manifestação na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde clamaram por anistia aos condenados pelos ataques a instituições realizados em 8 de janeiro de 2023. A mobilização atraiu diversos simpatizantes, que se reuniram para expressar seu descontentamento e pedir um perdão político para aqueles envolvidos nos tumultos.

O ato foi liderado por Jair Bolsonaro, que se juntou a outras figuras importantes do movimento, como o pastor evangélico Silas Malafaia, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e os filhos do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A presença dessas figuras emblemáticas reforçou a ideia de um apoio consolidado à causa entre os seguidores de Bolsonaro.

A manifestação acontece em um momento de grande expectativa no cenário político brasileiro, especialmente devido ao iminente julgamento que será realizado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta corte decidirá se acata ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que envolve uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria sido tramada após as eleições de 2022. A situação de Bolsonaro se torna ainda mais delicada, uma vez que ele é um dos 34 denunciados por incitar e participar de atos que atacaram os Três Poderes e o Estado Democrático de Direito.

Os apoiadores presentes na manifestação expressaram sua indignação e defesa de Bolsonaro, alegando que os envolvidos nas ações de janeiro merecem uma segunda chance. A ideia de anistia foi central na mobilização, com faixas e cartazes exaltando essa proposta como uma forma de resgatar aqueles que, segundo eles, se sentiram compelidos a agir em defesa de um ideal político. Os manifestantes ressaltaram que a liberdade de expressão e o direito à manifestação são pilares fundamentais de uma sociedade democrática e que a punição excessiva poderia ser vista como uma afronta a essas liberdades.

À medida que o julgamento se aproxima, a polarização entre os apoiadores de Bolsonaro e os defensores da ordem democrática continua a se intensificar, refletindo um país dividido em suas opiniões políticas. O desfecho deste caso pode ter repercussões significativas para o futuro político do ex-presidente e para o cenário democrático no Brasil.

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