O Ministério das Relações Exteriores do Brasil repudiou veementemente as alegações de que o governo brasileiro teria realizado operações de hacking contra o Paraguai. A pasta enfatizou que não há qualquer registro de ações de inteligência direcionadas ao país vizinho. As informações foram divulgadas pelo portal UOL.
Em um comunicado oficial, o governo brasileiro reafirmou seu “compromisso com o respeito e o diálogo transparente como princípios fundamentais nas relações diplomáticas com o Paraguai e com outros parceiros regionais e globais”. Essa declaração vem em resposta a uma reportagem do UOL, que indicou que uma suposta operação para invadir sistemas do governo paraguaio teria sido iniciada no final da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, e continuada sob a administração atual. A matéria ainda sugere que o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, estaria envolvido nas atividades mencionadas.
A atual administração esclareceu que a operação citada foi autorizada em junho de 2022, mas foi cancelada pelo então diretor interino da Abin em 27 de março de 2023, que coincide com o início do terceiro mandato do presidente Lula. O governo afirmou que tomou conhecimento do incidente somente nesse momento, quando o novo chefe da agência ainda aguardava aprovação no Senado.
“O governo do presidente Lula nega categoricamente qualquer envolvimento em ações de inteligência, conforme noticiado hoje, contra o Paraguai, país membro do Mercosul com o qual o Brasil mantém relações históricas e uma estreita parceria”, afirmou o Itamaraty.
A desmentido do governo brasileiro ressalta a importância das relações bilaterais com o Paraguai, destacando o compromisso com a diplomacia pacífica e a cooperação mútua. O Mercosul, do qual o Paraguai é um membro ativo, demanda respeito e integridade nas interações entre seus países membros. A denúncia, se confirmada, poderia causar danos significativos à imagem do Brasil no cenário internacional e na dinâmica do bloco regional.
O governo brasileiro, por sua vez, reafirma que a transparência e o respeito mútuo são pilares essenciais para a construção de um futuro colaborativo e harmonioso na América do Sul. É fundamental que os diálogos entre os países da região continuem a ser pautados por princípios éticos e legais, evitando ações que possam comprometer a confiança entre as nações.