A Polícia Federal está se preparando para uma nova ação direcionada aos réus do atentado de 8 de janeiro que permanecem foragidos na Argentina. Essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo de investigação que visa garantir o cumprimento da ordem de prisão emitida contra Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL.
De acordo com informações veiculadas pelo portal Metrópoles, os investigadores estão analisando duas possibilidades para efetivar a captura dos foragidos: a primeira opção é acionar diretamente a Interpol, enquanto a segunda envolve o restabelecimento de contato com as autoridades argentinas. Essa estratégia tem como objetivo facilitar o processo de extradição dos indivíduos procurados.
A Polícia Federal, no entanto, demonstra resistência em utilizar a Interpol, pois existe um acordo de cooperação jurídica estabelecido entre o Brasil e a Argentina. Esse acordo viabiliza a captura de foragidos sem a necessidade de acionar a organização internacional. Apesar dessa hesitação, a possibilidade de recorrer à Interpol ainda não foi completamente descartada, caso as negociações com as autoridades argentinas não avancem de maneira satisfatória.
A visão predominante na corporação é de que o contato com as autoridades argentinas representa uma alternativa mais prudente e eficaz. Esse procedimento já havia sido implementado em novembro do ano passado, quando a Justiça da Argentina ordenou a prisão de 61 brasileiros envolvidos em ações semelhantes. A condução dessa via diplomática ficará a cargo do Ministério da Justiça e do Itamaraty, os quais devem atuar em conjunto para facilitar a comunicação e a cooperação entre os países.
Além disso, a Polícia Federal acredita que a ação conjunta com as autoridades argentinas irá fortalecer as relações entre os dois países na luta contra a impunidade e a criminalidade transnacional. O acompanhamento rigoroso do caso de Léo Índio é fundamental, uma vez que sua detenção pode ter implicações significativas para a política brasileira e a dinâmica entre os países. Investigadores continuam a monitorar a situação e buscam aliados dentro das esferas governamentais que possam ajudar na efetivação das prisões necessárias.
Assim, a Polícia Federal se mantém mobilizada e atenta às ações que podem ser tomadas, visando garantir que a justiça seja feita e que os responsáveis pelos eventos de 8 de janeiro enfrentem as consequências de seus atos.