O ex-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, popularmente conhecido como Marão, realizou recentemente sua filiação ao partido Avante, após deixar o PSD. Essa mudança foi confirmada ao site por meio do deputado federal Neto Carletto, que também se juntou ao Avante recentemente, após sua saída oficial do PP. O parlamentar comentou: “Agora, resta saber se Marão será candidato a deputado federal ou estadual”.
Nas eleições municipais de 2024, Marão enfrentou dificuldades e não conseguiu eleger seu sucessor, Bento Lima, que também era do PSD. Em Ilhéus, a base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues, representando o PT, se fragmentou, e o governador optou por apoiar a candidatura da ex-secretária estadual de Educação, Adélia Pinheiro, também do PT, que acabou sendo derrotada. O grande vencedor das eleições foi o empresário Valderico Júnior, do União, grupo que é liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
É importante destacar que a esposa de Marão, Soane Galvão, atualmente exerce o cargo de deputada estadual pelo PSB. Caso o ex-prefeito decida concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa, Soane não buscará a reeleição. Essa situação levanta questões sobre o futuro político do casal e como suas decisões podem impactar suas respectivas trajetórias.
A troca de partido de Marão e sua possível candidatura em 2024 sinalizam uma nova estratégia política em um cenário onde as disputas estão cada vez mais acirradas. O ex-prefeito tem se mostrado ativo na busca de um novo espaço no cenário político local, e sua filiação ao Avante pode abrir novas portas e alianças importantes. A movimentação também reflete uma tentativa de fortalecer sua posição em um contexto onde sua base de apoio sofreu desgastes significativos nas últimas eleições.
Com a fragmentação da base governista e o surgimento de novas lideranças, Marão terá que articular estratégias eficazes para reconquistar a confiança do eleitorado. O cenário atual exige que os antigos líderes se adaptem rapidamente às mudanças e se reinventem, buscando se conectar com as demandas e expectativas dos cidadãos.
Assim, a continuidade de Marão na política regional dependerá não só de sua capacidade de mobilização, mas também da construção de novas alianças e da adaptação às novas realidades que surgem no panorama político da Bahia.