João Leão, Aleluia e Lúcio Vieira Lima são alguns dos políticos baianos em lista da Odebrechet

Por Redação
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Foto montagem

Sobre a repercussão dos políticos citados em delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Claudio Melo Filho, estão os da Bahia, João Leão (PP), Lúcio Vieira Lima (PMDB) e Aleluia (DEM).

Melo relatou pagamento de propina de, aproximadamente, R$ 7 milhões ao deputado baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB) e outros parlamentares de destaque no Senado e na Câmara para garantir a aprovação de uma medida provisória de interesse da companhia no Congresso.
Os recursos, segundo o executivo, foram destinados aos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), cotado para suceder Renan na presidência da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Lúcio Vieira Lima (PMDB-AL).
O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), aparece também na delação de Claudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht.
De acordo com a delação de Melo, o apelido do vice-governador nas planilhas da empresa era zoológico – que faz relação com seu sobrenome. “Nessa caso, vim a saber posteriormente, por meio de José Filho, se tratar de João Leão”, relata.
Além do vice-governador baiano, os apelidos de outros baianos são revelados: Adventista, Bezerro, Contador, Corrida, Ferrovia, Lutador, Menino, Miudo, Sogra e Trave – todos estes sem identificação na delação.
Claudio Melo disse, no entanto, acreditar que “Trave” e “Goleiro” são a mesma pessoa – o vereador de Salvador Paulo Magalhães Júnior. Outro baiano que aparece na lista como “Menino” e “Jovem” é o deputado estadual Adolfo Viana Neto.
O deputado federal José Carlos Aleluia afirmou que, em 36 anos de vida pública, nunca recebeu “nenhum recurso ilegal”. A afirmação vem após o seu nome aparecer na delação do ex-executivo da Odebrecht, Claudio Melo Filho. Segundo ele, o parlamentar era apelidado na empresa como “Missa”.
“Todas as doações feitas às minhas campanhas estão devidamente registradas nas prestações de contas, aprovadas pela Justiça Eleitoral”, afirma.
Melo fechou com a PGR (Procuradoria Geral da República) um acordo pelo qual aceitou contar detalhes de pagamentos feitos a inúmeros políticos em Brasília.
Diversos pagamentos feitos a Jucá, segundo Melo, tinham relação com assuntos de interesse da companhia no Congresso. Ele definiu Jucá como “Resolvedor da República no Congresso”, a quem recorria constantemente para conseguir emendas e aprovações de leis e projetos.
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