O empresário Eike Batista, preso por agentes da Polícia Federal logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Com a cabeça raspada, Eike deixou o presídio Ary Franco, na Zona Norte da capital carioca, em uma viatura da polícia e levando na mão um travesseiro.
Antes, Eike Batista passou por exames no Instituto Médico Legal (IML). Ele deve ficar preso na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9. Como ele não possui ensino superior, não pode ser transferido para Bangu 8, onde está o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, investigado no mesmo esquema de lavagem de dinheiro.
De acordo com agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa e as celas são para até seis detentos, que costumam trabalhar dentro das unidades prisionais.
O avião que trouxe o empresário de Nova York para o Rio de Janeiro pousou às 9h54, no horário de Brasília. Ele embarcou no domingo (29), no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, em um voo da American Airlines.
Eike, proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso. Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.