José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, prestou depoimento nesta segunda-feira (13), como uma das testemunhas do ex-presidente Lula na ação que investiga o caso do tríplex. Segundo o G1, a defesa do petista acusou o juiz Sérgio Moro de fazer “perguntas de um inquisidor, e não as perguntas de um juiz”.
Como lembra a reportagem do portal, o Ministério Público Federal (MPF), foram pagos a Lula o equivalente a R$ 3,7 milhões como propina, através de três contratos com a OAS. O depoimento de hoje foi feito por videoconferência de Salvador (BA).
O desentendimento entre Moro e a defesa de Lula ocorreu quando surgiu a pergunta sobre a razão pela qual Nestor Cerveró foi substituído por Jorge Zelada na diretoria internacional da Petrobras. Estavam presentes, em Curitiba, três advogados de Lula: Cristiano Zanin Martins, Juarez Cirino dos Santos e June Cirino dos Santos. Além deles, os advogados do ex-presidente da Construtora OAS, André Szesz e Flávia Penna Guedes Pereira; os advogados do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, Anderson Bezerra Lopes e Vinicius Ferrari de Andrade; o advogado de Sylas Kok Ribeiro, representando Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS.
Confira o trecho completo do diálogo:
Defesa: Há um limite excelência.
Sérgio Moro: Eu estou fazendo as perguntas.
Defesa: Vossa excelência está insistindo.
Sérgio Moro: Eu estou fazendo as perguntas, doutor. Não estou induzindo a testemunha.
Defesa: É a quinta pergunta. Ele já respondeu.
Sérgio Moro: Eu ouvi pacientemente as perguntas da defesa e do Ministério Público, eu estou fazendo as minhas perguntas. Certo?
Defesa de Lula: Mas as suas perguntas são as perguntas de um inquisidor, e não as perguntas de um juiz.
Sérgio Moro: Doutor, respeite o Juízo.
Defesa: Vossa excelência respeite então a ordem processual.
Sérgio Moro: respeite o juízo.