Em sua delação, Margotto, que trabalhava diretamente com Lúcio Bolonha Funaro, preso no presídio da Papuda, em Brasília, também revelou que houve uma pessoa que se negou a praticar corrupção
Novos detalhes sobre a ligação do ex-ministro Geddel Vieira Lima foram anunciados em delação premiada do empresário Alexandre Margotto, preso na Lava Jato. O esquema de corrupção teria acontecido na Caixa Econômica Federal.
As informações foram divulgadas na edição do último domingo (19) do Fantástico, da TV Globo. Na reportagem, o depoimento de Margotto, que foi homologado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, apontou um suposto envolvimento do empresário Joesley Batista com operações irregulares na Caixa.
Em sua delação, Margotto, que trabalhava diretamente com Lúcio Bolonha Funaro, preso no presídio da Papuda, em Brasília, também revelou que houve uma pessoa que se negou a praticar corrupção.
Margotto contou com detalhes como funcionava o esquema de corrupção montado dentro do banco federal e disse que Funaro tinha grande influência sobre Geddel na Caixa. “Não faço ideia. Quando eu cheguei no escritório já tinham esse relacionamento. Segundo o Lúcio, ele mandava no Geddel”.
Questionado sobre a divisão da propina, Margotto comentou que era separada com base em percentuais. Segundo ele, a maior parte do dinheiro deveria ir para Eduardo Cunha, o que não impedia de outros políticos também receberem o dinheiro.