Juiz prorroga intervenção do Hospital Ouro Negro e critica gestão da diretoria

Por Redação
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Juiz prorroga intervenção do Hospital Ouro Negro e critica gestão da diretoria
O juiz federal da 12º Vara, Ávio Moraes José Ferraz de Novaes, prorrogou por mais 180 dias a intervenção no Hospital Municipal de Candeias Ouro Negro, na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador.
Em sua decisão, o magistrado alega que, em reunião que sucedeu com a atual administração, verificou-se que não havia qualquer conhecimento da rede de saúde existente, dos seus respectivos fluxos, organogramas e protocolos de atendimentos.
Diante dos fatos narrados pelo interventor, o juiz achou necessária à prorrogação da intervenção, sob pena de gerar um caos absoluto na saúde pública municipal. “O interventor designado por este juízo vem insistentemente, mesmo após o início da nova gestão, apresentando relatórios que noticiam situações de gravíssimas repercussões no âmbito da saúde do município de Candeias”, diz trecho da decisão.
O juiz aponta ainda que há “desconhecimento da administração quanto à observância das normas técnicas que cercam o atendimento das urgências e emergências, colocando em risco a segurança hospitalar. Um paciente chegando em veículo particular, com guia de atendimento do Pronto Atendimento sugestiva de infarto agudo do miocárdio, sem qualquer medicação  ou estabilização do quadro do paciente. Indicador, de que não há conhecimento de regras técnicas, sequer de atendimento de paciente”.
O magistrado destaca ainda que a instituição hospitalar “passou a ofertar, de forma regular, a realização de exames e cirurgias, com a instalação de ambulatório de cardiologia e iniciada a realização de exames de eletrocardiograma (ECG) e ecocardiograma transtorácico (ETT). Diversas outras medidas foram e estão sendo adotadas pelo interventor, profissional qualificado e com larga experiência, para garantir a realização de exames e cirurgias eletivas, a exemplo de ultrassonografia mamaria, de próstata e cirurgia oftálmica de catarata”.
Em poucas semanas de gestão, o prefeito eleito, Dr. Pitágoras, formado em medicina na Universidade da Bolívia, e a secretária de Saúde, a primeira-dama Soraia Cabral, já foram denunciados pelo Sindicato dos Médicos no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia por causa de suposto descaso na saúde do município em poucas semanas de gestão.
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