Entre os debates realizados na sessão desta terça-feira (5), os vereadores abriram espaço para que o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Candeias (SISEMC), Juscelino Santos, usasse a tribuna da Câmara para externar reivindicações dos vigilantes que trabalham no município.
Em seu discurso, ele disse que a categoria foi surpreendida com a possibilidade de não mais receber o pagamento de horas extras por parte da prefeitura e também denunciou condições adversas na jornada dos profissionais.
“Estamos brigando aqui por qualidade de vida. Que não tirem nossos direitos, que não sejam retiradas as horas extras, mas que elas sejam incorporadas ao salário. Que o prefeito corte na carne, nos cargos dele. Nos efetivos, não. Não somos reconhecidos, ficamos praticamente invisíveis. No Mercado Cultural não tem banheiro digno para o vigilante, não tinha água para beber. Agora colocaram uma geladeira sucata”, declarou.
Ele ainda criticou a falta de vestuário adequado à função. “Qual é o vigilante que tem farda, que tem coturno?”, perguntou, da tribuna, aos profissionais que acompanhavam a sessão. “Tem vigilante trabalhando de sandália. É com o dinheiro de hora extra que a gente compra farda. Nem na prefeitura os vigilantes usam farda”, revelou. Segundo ele, a última entrega de fardamento aconteceu na gestão da ex-prefeita Maria Maia.
DEMANDAS – Os trabalhadores que estiveram na Câmara pediram apoio dos vereadores para que haja mudança na nomenclatura de ‘Vigilante’ para ‘Guarda Municipal’ e, consequentemente, seja implantada a estrutura da guarnição municipal – criada por lei municipal desde 2002.
Juscelino Santos afirmou que a folha de ponto da prefeitura é impressa com o termo “Guarda Municipal” e que os novos vigilantes foram nomeados como guardas municipais, mas recebem salário mínimo.
Os trabalhadores também pleiteiam a criação do Plano de Cargos e Salários, pagamento de auxílio transporte e o estabelecimento de um piso salarial.