O ex-ministro Geddel Vieira Lima acumula denúncias de corrupção desde o seu primeiro cargo público, aos 25 anos. Em 1983 ele foi indicado para o posto de diretor da corretora de valores do Banco Estadual da Bahia (Bandeb).
Em um ano uma auditoria interna do Bandeb mostrou um desvio de cerca de R$ 2,7 milhões (em valores atualizados) da corretora, fruto de um esquema que teria beneficiado Geddel, seu irmão, o hoje deputado Lúcio Vieira Lima, seu pai, o ex-deputado Afrísio Vieira Lima, e sua mãe, Marluce.
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Todos os envolvidos negaram. A única punição a Geddel foi a demissão, em 1984.
Após uma série de outras indicações políticas, Geddel foi eleito deputado federal em 1990. O ex-senador Antônio Carlos Magalhães, desafeto da família Vieira Lima, dizia que a campanha foi paga com dinheiro desviado pelo pai de Geddel enquanto fora secretário estadual de Segurança Pública.
No primeiro mandato na Câmara, Geddel foi citado no escândalo dos “Anões do Orçamento”, acusado de manipular emendas para beneficiar empreiteiras. A CPI que investigou o caso, em 1993, o absolveu.
Oito anos depois, ACM distribuiu fitas de vídeo com um documentário chamado “Geddel Vai Às Compras”. O vídeo contava que o patrimônio do ex-ministro cresceu 364% de 1994 a 1998.
Em novembro de 2016, Geddel pediu demissão da Secretaria de Governo de Michel Temer após ser acusado pelo então ministro da cultura Marcelo Calero de tráfico de influência. De acordo com Calero, Geddel o teria pressionado para liberar as obras do La Vue, prédio em que o peemedebista tinha um apartamento e que foram embargadas pelo Iphan de Salvador.
Em janeiro de 2017, Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Geddel em Salvador. Ele foi alvo da operação “Cui Bono. O ex-ministro é suspeito de facilitar o crédito na Caixa Econômica para empresas em troca de pagamento de propina.
Geddel foi preso preventivamente no dia 3 de julho de 2017 por tentativa de obstrução à Justiça. Segundo o MPF, Geddel tentava evitar que Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro firmassem acordo de delação premiada. Fonte: Bocão News