A procuradoria-geral da República se manifestou na última sexta-feira (17/11) contra recurso apresentado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima em que pede a revogação de sua prisão preventiva. Nas contrarrazões ao agravo do político, o MPF argumenta que a manutenção da prisão é necessária para preservar a ordem pública e assegurar o cumprimento da lei penal.
Geddel foi preso no dia 5 de setembro, após a apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador. O caso, inicialmente investigado na primeira instância, foi deslocado para o Supremo Tribunal Federal (STF) após o surgimento de indícios de participação do deputado federal Lúcio Vieira Lima, que é irmão de Geddel, na prática do crime.
Na manifestação assinada pelo vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, o órgão rebate os argumentos da defesa do ex-ministro, sustentando a legalidade das duas decisões que determinaram a prisão preventiva do político, em um intervalo de dois meses. O documento ainda frisa a existência de provas segundo as quais, o ex-ministro manteve práticas delitivas até o dia 27 de outubro.
“CARREIRA NO CRIME”
A prisão de Geddel, segundo a Justiça de Brasília, ocorreu por conta das evidências apresentadas pela PF (Polícia Federal) que ligam o ex-ministro aos R$ 51 milhões localizados em um apartamento em Salvador.
Geddel é investigado pelo suposto pagamento de propina por parte de empresários em troca de facilitação ou liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, banco no qual ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica (no governo Dilma Rousseff). Ele foi preso em sua casa, em Salvador, onde cumpria prisão domiciliar, por volta das 5h40 da manhã, em Setembro.
Na época, os procuradores classificaram o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima como um “criminoso em série”.
Por Aratu online