As investigações feitas pela Polícia Federal (PF) sobre a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, apontam que a principal linha de investigação é falha humana. O relato parcial da morte do primeiro relator da Operação Lava Jato foi apresentado nesta quarta-feira (10) à presidente do STF, Cármen Lúcia.
O delegado responsável pelo caso, Rubens Maleiner, confirmou que as investigações levam a crer em falha humana nas manobras de aproximação da aeronave da pista de pouso em Paraty. “Esta é a linha principal”, afirmou. O ministro morreu na queda de um avião nos arredores de Paraty (RJ) há um ano.
Ainda de acordo com o delegado, todas as perícias realizadas indicam não ter havido sabotagem contra a aeronave. “A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, com diversos exames periciais e atos investigatórios diversos, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado, pelo contrário, os elementos que atingimos até agora, todos conduzem a um desfecho não intencional e trágico, infelizmente, naquele voo”, disse Maleiner.
Apesar de haver prazo para conclusão definitiva, Maleiner disse que está próximo de finalizar as investigações. “A investigação está em curso, sempre importante relembrar isso, qualquer coisa que nós digamos aqui é provisório, pode eventualmente ser modificado, mas ela está em estágio bastante avançado”, explicou.
O acidente com o avião bimotor caiu próximo a Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, quando transportava Teori Zavascki e mais quatro pessoas, no dia em 19 de janeiro do ano passado. Ninguém sobreviveu. Até o momento nenhuma das três investigações sobre a morte de Teori foi concluída: a Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), estão em fase de conclusão do caso.