A Polícia Federal (PF) instaurou neste sábado (20/10) inquérito para investigar a disseminação de mensagens pelo WhatsApp referentes aos candidatos à Presidência da República.
O pedido de abertura de investigação foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela quer que a PF apure o possível uso de esquema profissional por parte das campanhas, com o propósito de propagar notícias falsas, as chamadas fake news.
Esta semana, o jornal Folha de São Paulo publicou um matéria divulgando empresas de marketing digital, custeadas por empresários que apoiam o candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, que estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.
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A matéria apontava uma rede de empresas contratadas para efetuar os disparos em massa. Os contratos, que chegariam a R$ 12 milhões, seriam bancados por empresários próximos ao candidato.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também abriu processo, depois de ação ajuizada pela candidatura de Fernando Haddad (PT) na quinta-feira (18/10).
Ao rebater as acusações, pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”.
Para a procuradora Raquel Dodge, o quadro de possível interferência na formação de opinião dos eleitores com atuação dessas empresas com mensagens que podem caracterizar ofensas aos dois candidatos “afronta a integridade do processo eleitoral”.