Maia e deputados de oposição classificam como “absurdo” e “perseguição” decisão de transferir Lula para SP

Por Redação
2 Min

Por: Agência Brasil

A decisão da juíza federal Carolina Lebbos que autorizou a transferência do ex-presidente Lula (PT) da sede da Polícia Federal, em Curitiba, para uma unidade prisional em São Paulo, seu estado de origem, foi criticada pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares de partidos do centrão e até do PSDB na Câmara.

O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) afirmou em plenário que estranhou a decisão da juíza. “Apesar de nunca ter votado nele, acho que [Lula] é um ex-chefe de Estado e merecia um outro tratamento”, disse. Para ele, tocar no assunto mais de um ano depois parece “perseguição à toa”, disse. Segundo a Folha de S. Paulo, Maia concordou com a colocação do colega. “Tem toda razão, deputado”. O presidente da Câmara, então, colocou-se à disposição “para que o direito do ex-presidente seja garantido.”

Posteriormente, à jornalistas, Maia disse que é preciso “tomar cuidado”. “Eu acho que já estava lá há bastante tempo para fazer uma mudança sem estar organizado. Se fosse mudar para São Paulo se organizasse um lugar em São Paulo que pudesse dar as mesmas garantias, condições”, disse.

José Nelto (Podemos-GO), qualificou a decisão da juíza de perseguição. “O que a Justiça fez hoje, eu quero aqui condenar publicamente. Não se justifica retirar o ex-presidente Lula de Curitiba e levar para Tremembé. Isso é humilhação, esta juíza deveria repensar os seus atos. Perseguição eu não aceito com ninguém, seja de direita ou de esquerda”, declarou.

O psdebista Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), deputado ligado a Aécio Neves (PSDB-MG), qualificou a decisão judicial de “verdadeiro absurdo”. Segundo o parlamentar, é algo que “coloca em risco o respeito que o Brasil conquistou como país garantidor dos direitos.”

Também nesta quarta-feira (7), a juíza negou um pedido da defesa de Lula para aguardar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre eventual suspeição das decisões do ex-juiz Sergio Moro (hoje ministro da Justiça) e anulação do julgamento do ex-presidente.

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