Aleatório, ministro Ricardo Salles endossa discurso do chefe e afirma que incêndios são criminosos

Por Redação
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Foto: Reprodução

Depois de sobrevoar a área amazônica, o ministro do Meio Ambiente endossou o coro do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que “em todos os pontos que vimos, em alguns locais (as queimadas) são propositais e, em outros, o fogo é incidental”, disse Ricardo Salles, sem dar mais detalhes.

A declaração do ministro reforça o que já dito pelo presidente. Bolsonaro acusou ONGs de estarem por trás dos incêndios na Amazônia, sem apresentar provas ou aponta qualquer entidade suspeita.

Questionado sobre o corte dos recursos do Fundo Amazônia pelo governo da Noruega e Alemanha, Salles declarou que o governo está “negociando novas regras” para o programa, “com destinação muito clara e com ações concreta, em que teremos mais eficiência e foco na questão ambiental”.

O fundo recebido pelos países citados para preservação da Amazônia, segundo declarações do governo, estaria beneficiando apenas ONGS e hoje, na saída do Planalto, além de sugerir que ONGs estariam por trás das queimadas, o presidente voltou a reafirmar que todas as ONGs estão aparelhadas. “Perderam a boquinha e agora ficam com essas atitudes”, disse.

Salles visitou os municípios de Sinop e Sorriso, no Mato Grosso, onde recentemente foi lançado o projeto Abafa Amazônia, na região Norte mato-grossense. A ação é realizada com o emprego das forças de segurança: Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Politec, além de órgãos como Defesa Civil e Comitê Estadual de Gestão do Fogo.

De janeiro até agosto foram contabilizados 74.155 focos de incêndio no País, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contabiliza esses dados desde 2013.

De acordo com o Estadão, um pouco mais da metade (52,6%) desses focos vem ocorrendo na Amazônia, com o Mato Grosso na liderança. As queimadas já superam em 8% o recorde de 2016, um ano de extrema seca, que tinha registrado 68.484 focos no mesmo intervalo de tempo. Dados do governo de Mato Grosso apontam que a cidade que mais registra focos de queimadas é Colniza, com 9,9% do total.

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