O novo indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a cadeira da Procuradoria-geral da República, Augusto Aras, participou de uma conversa com senadores e ouviram que “ele é a favor da Operação Lava Jato, mas “sem excessos”. Aras vai substituir a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, que termina o mandato no próximo dia 17.
De acordo com o Blog da Andreia Sadi, do G1, o procurador tem repetido que as investigações precisam se expandir pelos estados, mas critica o que classifica de “espetacularização” de procuradores que ele chama de “nutella” – ironizando grupo de procuradores jovens que se destacaram no MP à frente da Lava Jato.
Aras repete que os procuradores “raiz”, mais experientes, não foram ouvidos nas investigações mais polêmicas e, por isso, na sua visão, houve excessos e abusos. Aras foi questionado por parlamentares, que fizeram uma série de perguntas ao procurador.
Ele ainda será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A Casa pode votar a indicação de Aras na semana do dia 22 de setembro, conforme projeta o presidente Davi Alcolumbre. Entre as preocupações dos senadores, estão eventuais denúncias, já que é da competência do chefe do MP denunciar políticos com foro privilegiado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda segundo Sadi, a respeito disso, sempre que é questionado, Aras tem repetido desde a campanha para procurador-geral que não deixará de denunciar, mas que é um “estadista” e tem “responsabilidade”.