O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, reforçou nesta sexta-feira (13) a intenção de criar um fundo de US$ 100 milhões (cerca de R$ 404 milhões) para a conservação da Amazônia. O fundo terá um prazo de 11 anos e, segundo Pompeo, será liderado pelo setor privado.
A promessa de criar o fundo foi anunciada em março, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump.
O financiamento de ações de conservação é alvo de polêmicas na atual gestão. Em agosto, em resposta à suspensão de repasses feitos pela Alemanha para projetos de conservação, Bolsonaro afirmou que a Alemanha tentava “comprar” a Amazônia. O presidente também sugeriu que a Noruega ajudasse no reflorestamento da Alemanha com a verba de R$ 132,6 milhões que não conseguiu repassar ao Brasil por causa da paralisação do Fundo Amazônia.
Ainda em agosto, o G7 anunciou que enviaria US$ 20 milhões. Bolsonaro também criticou à iniciativa e chegou a exigir que o presidente francês retirasse supostos insultos antes de aceitar os recursos.
Após a fala de Pompeo, Araújo também se dirigiu a jornalistas em Washington e mencionou a como outros países abordam o tema, sem citar nenhum específico: “Vemos ao redor do mundo algumas ideias que questionam a soberania – no caso do Brasil, é específico para a Amazônia, como se talvez nós não fossemos capazes de suportar o desafio ambiental lá, o que não é verdade. Os nossos amigos aqui nos EUA sabem que não é verdade, é preciso que estejamos juntos no esforço para criarmos desenvolvimento em conjunto, que estamos convencidos, é a única forma de proteger a floresta”.