Em um curto pronunciamento na tarde desta sexta-feira (15), horas após pedir demissão do Ministério da Saúde, Nelson Teich afirmou que, por decisão pessoal, decidiu deixar a pasta do governo de Jair Bolsonaro.
“A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair”, afirmou o ex-ministro. Teich também garantiu que não aceitou o convite pelo cargo: “Eu aceitei que achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas”.
Embora as discordâncias em relação à prescrição do uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid-19 tenha sido um dos principais motivos para sua saída, Teich não entrou em detalhes sobre as motivações para seu pedido de demissão feito pela manhã.
O rápido pronunciamento no Ministério da Saúde foi feito ao lado do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, que assumiu a pasta interinamente, e de técnicos da pasta, que após sua fala, o aplaudiram.
O ex-ministro ainda agradeceu a Bolsonaro pela oportunidade de ter comandado o ministério, disse que realizou “um sonho” e elogiou a dedicação da equipe que trabalhou com ele no ministério.
Também agradeceu pela oportunidade de atuar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Sempre estudei em escola pública, minha faculdade pública, minhas residências foram em hospitais federais. Eu fui criado pelo serviço público”, completou.
Plano sem detalhes
Nelson Teich também informou que deixou um plano pronto para seu sucessor, além de governadores e secretários estaduais, para o enfrentamento, daqui por diante, da pandemia – embora estes agentes políticos tenham reclamado de ele parecer “perdido” nas primeiras semanas à frente da pasta.
O ex-ministro informou que um programa de testagem também está pronto para ser aplicado.
Teich completaria um mês à frente da pasta neste sábado. Apesar de uma nota oficial do ministério dizer que ele pediu demissão, assessores da Saúde afirmaram que o ministro foi demitido.