O governador Rui Costa voltou a afirmar nesta quinta-feira (28), que o ano letivo não está perdido. Em transmissão pelas redes sociais, ele conversou com profissionais da imprensa do recôncavo baiano e do baixo sul e reforçou que o ano letivo não será cancelado na Bahia.
“Não existe possibilidade de cancelamento. Muito provavelmente as aulas irão atravessar esse ano e serão concluídas em 2021. Iremos fazer um grande mutirão pela educação para superar esse período, com aulas extras, em turnos opostos e nos finais de semana. Será um ano atípico, mas não podemos prejudicar o ciclo escolar de nossos milhares de jovens e crianças”.
Rui também comentou sobre as estratégias de enfrentamento do novo coronavírus desenvolvidas pelo Estado. “Temos o hospital de Santo Antônio de Jesus no Recôncavo que conta com leitos de UTI e está equipado para receber os pacientes que necessitam de atendimento mais complexo, mas precisamos também de uma unidade que possa atender regionalmente, fazendo a triagem de pacientes. Estou conversando com os prefeitos e articulando uma ação unificada para a criação de uma unidade assim, como fizemos em outras regiões, transformando UPAs que estavam fechadas em unidades exclusivas de atendimento”.
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Enfretamento da pandemia
Outro tema tratado no encontro online foi a dificuldade de conseguir respiradores para implantar novos leitos de UTI na Bahia por conta da falta de respiradores.
“Nossa equipe tem buscado e entrado em contato com fábricas em todo o mundo, mas é uma dificuldade porque a procura é muito grande e o produto está em falta. Nenhum sistema de saúde do mundo está preparado com leitos de UTI suficientes para lidar com uma pandemia dessas; estão faltando leitos, médicos e equipamentos nos países mais ricos com os melhores sistemas de saúde do mundo. Por isso eu faço o meu apelo para que as pessoas evitem criar aglomerações e fiquem em casa. O isolamento social é a única forma efetiva de combate ao vírus”.
Atualmente, o Governo da Bahia possui em estoque 879 mil luvas, mais de 922 mil máscaras cirúrgicas e 300 mil unidades de máscara do tipo N95. Além disso, o Governo do Estado adquiriu 32 milhões de luvas, nove milhões de máscaras cirúrgicas e um milhão de máscaras do tipo N95, o que são suficientes para atender a demanda por até seis meses.