Correio
Um segurança do prefeito de Candeias, Sargento Francisco (PMDB), foi baleado nas nádegas durante atentado contra o prefeito, na noite de sexta-feira, 7. Gilmar Ramos foi internado no Hospital José Mário dos Santos, em Candeias, onde passou por uma cirurgia para a retirada da bala e passa bem.
O prefeito relatou que seus dois seguranças lhe aguardavam na porta da casa da vereadora Marivalda da Silva (PT), no bairro Malembá, por volta das 22h30, quando um deles foi atingido. O peemedebista contou que tinha entrado na residência com o seu secretário, Jackson Oliveira, para uma reunião, havia poucos minutos, quando ouviu os primeiros tiros. Conforme o relato do outro segurança, três criminosos chegaram em duas motos e iniciaram os disparos a cerca de 20 metros do veículo, um Chevrolet Vectra de cor preta. Os seguranças reagiram. O prefeito acredita que a ação criminosa tinha como objetivo matá-lo.
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“Foi um atentado. A tentativa de assalto não existe. Isso é quando marginal se aproxima e anuncia o assalto, e isso não existiu”, disse. Sargento Francisco considera a hipótese de motivação política:“Não quero acusar ninguém, mas uma situação dessa a gente não pode descartar hipótese de motivação política”. Indagado se o tumultuado processo eleitoral na cidade, em que saiu vencedor, poderia ter provocado inimizades que resultariam nessa ocorrência, considerou: “Com certeza”.
O prefeito ressaltou ainda que a ação foi planejada, já que depoimentos colhidos por ele de moradores dão conta de que seu carro já estaria sendo seguido. Questionado, então, sobre o porquê de os criminosos esperarem ele entrar na residência da vereadora para então abrirem fogo, já que supostamente o objetivo era de matá-lo, o prefeito observou: “Eles viram eu entrar na casa, passaram pelos dois seguranças, olharam que eu estava na sala conversando, seguiram em frente, e já voltaram com mais dois. Acredito que a intenção era abater os dois seguranças, para em seguida entrar na casa para me pegar”.
O delegado titular da 20ª Delegacia de Polícia Civil, William Achan, discordou completamente dessa tese. “Não tem nada a ver com política, não tem nada contra o prefeito”, afirmou. Segundo ele, até o momento, as investigações consideram duas hipóteses: a de tentativa de assalto ou a de uma bala perdida. “Os seguranças estavam em um carro que chama atenção. Podem ter chegado querendo roubar o carro, sem saber que era do prefeito. Não esperavam que fossem reagir”, cogitou.
A outra possibilidade, de bala perdida, foi considerada porque a poucos metros dali houve um tiroteio entre quadrilhas rivais, no bairro de Malembá de Baixo. “É um local problemático, sempre há confronto de gangues rivais”, disse. Sargento Francisco contestou essa hipótese, porque, segundo ele, a rua estava deserta àquela hora da noite. Ele contou ter marcado para amanhã uma audiência com o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.