Governo prioriza briga política e representantes da Sinovac ficam de fora de reunião para compra de vacina

Por Redação
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Foto: Governo de São Paulo

Alvo de disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), a companhia chinesa Sinovac, que produz uma vacina em parceria com o Instituto Butantan, ficou de fora de uma reunião do Ministério da Saúde com representantes de farmacêuticas que têm feito estudos clínicos para produzir os imunizantes contra o coronavírus.

De acordo com o ‘El País’, até este final de semana, cinco empresas foram selecionadas para as conversas. O Butatan, órgão do governo do Estado de São Paulo, onde a CoronaVac tem sido produzida, ainda não foi contactada. Questionado, o Ministério da Saúde não informou a razão da exclusão do instituto.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou uma guerra de versões com o Butantan. Os testes foram paralisados por dois dias devido a morte de um voluntário. No entanto, não teve relação com a vacina, já que se tratava de um suicídio. O laudo do IML de São Paulo confirmou a morte do voluntário.

O Butantan deve produzir 46 milhões de doses de vacinas. As primeiras ficariam prontas daqui a 40 dias. Dimas Covas, presidente do Butantan, disse que se tivesse apoio do Governo Bolsonaro, o órgão teria condições de produzir 100 milhões de doses até maio de 2021.

O dirigente afirmou ter estranhado o fato de o Ministério da Saúde não ter citado o órgão e o laboratório chinês Sinovac na lista de instituições com as quais a pasta informou ter avançado nas negociações. “Muito estranho. O Butantan já apresentou suas condições de fornecimento ao ministério e as informações técnicas. Isso foi feito em setembro. Recebemos um memorandum de intenção naquela época. Aguardamos o desenvolvimento da própria vacina que já começam a chegar”, disse ele em entrevista à CNN Brasil.

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