O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), não resistiu um gravo em seu quadro clínico e morreu na manhã deste domingo (16/5), aos 41 anos, vítima de câncer. Covas, que era economista e advogado, enfrentava a doença descoberta no trato digestivo, mas que se espalhou para o fígado e para os ossos, desde 2019.
Seu quadro clínico passou a ser considerado como irreversível pela equipe médica do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 2 maio, após um agravamento na última sexta-feira (14/5). A morte do político foi confirmada em nota hoje divulgada pela assessoria de imprensa. Ele era divorciado e deixa um filho, Tomás Covas, de 15 anos, e os pais, Pedro Lopes e Renata Covas Lopes.
De acordo com o comunicado, Covas morreu “em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento.”
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Em sua trajetória política foi inspirada no avô Mário Covas, o ex-prefeito foi deputado estadual por dois mandatos, deputado federal por dois anos, secretário na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) no governo de São Paulo e assumiu como vice-prefeito da capital em 2015.
O tucano se tornou prefeito de São Paulo em 2018, após a renúncia de João Doria (PSDB), de quem era vice. Em 2020, foi reeleito no segundo turno com 3.169.121 votos, o equivalente a 59,38% dos votos válidos. O atual vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá o comando da cidade. Para se dedicar ao tratamento, Covas se licenciou oficialmente do cargo de prefeito de São Paulo em 3 de maio.
Covas deixa a prefeitura com marca de construtor. Em 2020, ano eleitoral, transformou a cidade em um canteiro de manutenção de calçadas e ruas. Também acabou 12 CEUs (Centros Educativos Unificados) que estavam parados desde 2015 e transformou o Largo do Anhangabaú em uma área concretada de multieventos.
A morte precoce de Bruno Covas (PSDB) gerou comoção no meio político. Governador de São Paulo e ex-companheiro de chapa de Covas, João Doria agradeceu os momentos compartilhados com o prefeito. Em nota, Doria presta solidariedade aos pais de Covas, Renata e Pedro, o irmão, Gustavo e o filho, Tomás.
Líder histórico do PSDB, o senador José Serra lamentou a morte precoce do prefeito, que classificou como “uma imensa perda”. “Era uma bela figura humana e um grande quadro político. Fará muita falta a todos nós e à cidade de São Paulo, que ele vinha administrando com dedicação e competência.”
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, lamentou a perda humana e política com a partida de Covas. “Guerreiro Jovem. Jovem Guerreiro. Preparado para servir a vida pública, inspirador, decente, bem humorado, Amigo, pai amoroso. Na escassez de Grandes quadros na vida pública nacional é uma perda imensa. Que Deus acolha esse ser fantástico. E sua família seja imensamente confortada por sua exemplar vida. A Tomás do fundo do coração um afetuoso abraço”, escreveu.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também usou as redes sociais para lamentar o ocorrido
Meus sentimentos a toda família do prefeito Bruno Covas, que foi um guerreiro incansável nessa batalha. Ele nos deixa uma importante lição de perseverança e resistência. É um exemplo de diálogo e trabalho. Que Deus conforte o coração de todos.
— Bruno Reis (@brunoreisba) May 16, 2021