Um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, protocolou no Senado, nesta sexta-feira, 6, um pedido de impeachment do do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE).
Na peça, que tem 332 páginas, Jefferson argumenta que Barroso está procedendo de modo “incompatível com a honra, dignidade e decoro das suas funções” ao exercer atividade “político-partidária”.
“O ministro ora denunciado tem atuado e se manifestado ostensiva e intensivamente contra a adoção do voto impresso no país, utilizando-se do cargo que ocupa para descredibilizar o voto impresso, que é objeto de debate no Congresso Nacional, órgão que detém a competência para tratar da temática”, diz o texto.
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Barroso se tornou o principal alvo do presidente Jair Bolsonaro, já que como ministro do TSE participa das discussões, acerca da implementação do voto impresso auditável através de uma PEC que trâmita na Câmara. Nesta sexta, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) mandou para o plenário a votação da medida, já rejeitada pela comissão especial que a debatia.
Também nesta sexta, o presidente Bolsonaro chamou o Luis Roberto Barroso de “filho da puta” enquanto cumprimentava apoiadores na cidade de Joinville, em Santa Catarina. “O filho da puta ainda trai [ou traz] gente dessa maneira. Aquele filho da puta do Barroso”, disse.
Autor da peça contra Barroso, Roberto Jefferson foi condenado no escândalo do mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.